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Nota introdutória e agradecimentos


Roseli Fischmann (Organizadora)

Este número especial da Notandum - "Libro 9", traz o dossiê da indicação e premiação de Herbert C. Kelman ao Prêmio UNESCO-Madanjeet Singh para a promoção da tolerância e não-violência no ano de 2006, tendo ele sido agraciado com a Menção Honrosa. Este volume, assim, procura homenagear essa conquista, ao mesmo tempo em que celebra os oitenta anos de vida profícua que o professor Herb Kelman completou em 18 de março de 2007.
Procura dar testemunho do processo da nomeação de Kelman, sendo composto pelos seguintes documentos, em sua versão original em inglês: discurso do Diretor Geral da UNESCO, Sr. Koïchiro Matsuura; formulário oficial da UNESCO (indicado como “anexo” do Edital 2006”); carta de indicação que apresentei, juntamente com a que a acompanhou, de parte do professor Jorge I. Domínguez; justificativa que integrava minha carta e respectiva lista explanatória de anexos (os quais no dossiê enviado à UNESCO foram anexados como volumes próprios e podem ser encontrados ou na Internet ou em bibliotecas e livrarias, por quem possa se interessar); das cartas de apoio, enviadas de diferentes partes do mundo por acadêmicos e líderes políticos que mantiveram colaboração com Herb Kelman em diferentes momentos; entrevista com o Secretário do Prêmio; documentos da UNESCO sobre o Prêmio.
Vale aqui mencionar que o processo de indicação de Herb Kelman revestiu-se de um caráter coletivo adequado a seu perfil e história de vida. Por isso gostaria de registrar meus agradecimentos a todos os que colaboraram nesse processo, tornando possível que fosse finalizado e bem sucedido, lembrando a seguir alguns nomes de forma especial.
Jorge Domínguez esteve presente de forma ativa e indispensável desde que surgiu a primeira idéia de homenagear Herb Kelman, ainda em 2005, durante o meu período em Harvard como Visiting Scholar. Sendo, no início do processo, Diretor do Weatherhead Center for International Affairs de Harvard, incentivou-me e assumiu acompanhar-me na indicação, atendendo ao convite que a UNESCO me fizera. Foi co-participe e interlocutor permanente nas diversas fases do processo, sempre com grande atenção e paciência, oferecendo sua sabedoria, encontrando formas de apoiar-me no processo mesmo a distância. Devo a ele, particularmente, a leitura atenta de todos os textos que redigi sobre vida e obra de Herb Kelman, carga adicional a uma agenda de transição, pois então Jorge assumia a posição de Vice-Provost para Relações Internacionais de Harvard. Além de sua experiência em Harvard e de seus mais de trinta anos de convivência com o candidato que então indicávamos, trazendo sempre sugestões oportunas, sua admiração e afeto profundo por Herb constituíram, para mim, fonte adicional de testemunho.
As atuais colaboradoras diretas de Herb Kelman em Harvard (e atuando com ele há cerca de duas décadas), Donna Hicks, Lenore Martin e Sara Roy, foram de grande valia no processo, auxiliando a identificar, escolher e contatar os nomes daqueles a quem convidaríamos a escrever cartas de apoio. Foi tarefa difícil, pois muitos teriam sido os colaboradores de Kelman, acumulados ao longo de sua vida, que teriam ficado felizes em poder apoiar sua candidatura. Mas, tendo a meta de manter o número de cartas dentro de certo limite razoável e acreditando que sua vida e obra falam por si, a tarefa de delimitar um rol foi trabalhosa e delicada. Sem elas, teria sido impossível definir e reunir esse grupo seleto de apoiadores e garantir o sentido de presença da atual equipe de colaboradores de Herb no processo.
Por sua vez, aqueles que integraram a candidatura de Kelman com o envio de cartas de apoio, foram extremamente solícitos. Sendo pessoas com agendas lotadas, atenderam prontamente o convite e disciplinadamente seguiram o limite de texto estabelecido por nosso improvisado “comitê”. Junto com as cartas que chegavam às minhas mãos para integrar o dossiê da indicação e então seguir para Paris, tiveram, todos e cada um, o gesto de enviar também um bilhete amável, ou um e-mail cuidadoso pedindo confirmação de recebimento. Ou, ainda, o esforço de encontrar o serviço de correio mais rápido de forma a atender o prazo-limite, vencendo esse trânsito postal pelos cantos do mundo até São Paulo, de onde o dossiê completo sairia para chegar à UNESCO em tempo; chegaram a bater recordes inexplicáveis – como fazer chegar, em menos de 24 horas, uma carta do Cairo a São Paulo. Em todos, um mesmo sentimento, expresso de forma sintética e precisa por Kurt R. Spilmann: “ Sinto muito que tenha de ser tão breve: os méritos de Herb Kelman são difíceis de caber em tão pouco espaço.Espero que tenha contribuído um pouco para que ela possa ganhar esse Prêmio.”  Foi uma grande experiência, de aprendizagem de outras visões de Herb e renovada gratidão a cada carta.
Ainda uma palavra de reconhecimento especial pela colaboração no processo de elaboração a Elizabeth Lawler, assistente do professor Herbert Kelman; foi ela quem me auxiliou, paciente e atentamente, a coletar o abundante material de que necessitava para compor o dossiê completo da indicação, de forma especial, mas não exclusiva, quando estive em Cambridge para essa finalidade em maio de 2006.  Sou devedora de gratidão também a Kathleen Hoover, assistente executiva do professor e vice-reitor de Harvard Jorge Dominguez, sempre pronta a facilitar pequenos detalhes, muitas vezes de improviso, auxiliando a fortalecer a ponte entre Cambridge e São Paulo de forma efetiva e sempre amável. Ambas, de muitas e variadas formas, ofereceram apoio indispensável para que esta jornada fosse mais suave e bem sucedida.
Agradeço ainda o dedicado trabalho de Shelly Cox como copidesque, tornando meu texto em inglês mais correto, de forma sempre gentil e encontrando formas de resolver minhas dúvidas gramaticais e atender minhas urgências, mesmo trabalhando a distância.
Passando agora ao processo desta publicação, dirijo agradecimentos especiais ao co-editor Professor Luiz Jean Lauand, que, valorizando todo esse processo e a conquista da Menção Honrosa, ofereceu a possibilidade deste número especial da Notandum-Libro 9. Também nossos agradecimentos ao Professor Sylvio Roque Guimarães Horta, responsável pela coleção editorial, da qual cuida com esmerado empenho. Nosso reconhecimento ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de São Paulo, em particular às áreas “Filosofia e Educação” e “Cultura, Organização, Educação”, por todo o apoio para que esta publicação se tornasse possível, com a concessão de apoio CAPES-PROEX. Pessoalmente agradecemos ao professores Denice Barbara Catani, Romualdo Portela, Marcos Barbosa de Oliveira e Afrânio Mendes Catani, que facilitaram essa possibilidade, bem como aos colegas Cláudio Ávila e Luana Robles, por todo apoio. Gostaria de tomar esta oportunidade para agradecer à Universidade de São Paulo, por intermédio de suas Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, cujo apoio generoso permitiu-me ir a Paris para receber o prêmio em nome do Dr. Kelman, uma vez que ele teve problemas de saúde e não pode comparecer pessoalmente.

Agradecemos ao Júri Internacional do Prêmio UNESCO-Madanjeet Singh para a promoção da tolerância e não-violência, na pessoa de seu Presidente, o Senhor Andrés Pastrana, ex-Presidente da República de Colômbia, país vizinho e irmão de nosso Brasil.
Agradecemos a todo o pessoal da UNESCO envolvido no apoio ao processo de julgamento das candidaturas, em particular do Setor de Ciências Sociais e Humanas (SHS), dirigido pelo Sr. Pierre Sané, em particular na pessoa do Dr. Serguei Lazarev, então Secretário daquele Prêmio e responsável pelo tema da tolerância, ali, desde 1993. Em particular agradecemos o apoio sempre tão gentil da Sra Alice Saint-Luce, generosa caboverdeana que em muito auxiliou em particular a partir do processo da premiação, com a vantagem adicional de partilhar conosco a identidade lusófona.
Uma palavra de reconhecimento e agradecimento ao Embaixador Madanjeet Singh, cuja iniciativa, tão própria a um diplomata e adepto da religião Sikh, permitiu a criação desse Prêmio em especial, de grande relevância por trazer junto ao tema da tolerância, a memória de seu notável compatriota indiano, Mahatma Gandhi.
Agradecemos, finalmente, a UNESCO - nas pessoas do Diretor-Geral Koïshiro Matsuura e do Deputy Director General Marcio Nogueira Barbosa (cuja presença ali nos honra como brasileiros) -, que estabelecendo Prêmios e Menções Honrosas permite que pessoas de valor, como o professor Kelman, possam ser reconhecidas e, assim, servir de exemplo.